quinta-feira, 9 de julho de 2009

Across the Universe 2007


Ano: 2007
Duração: 131 min
Direção: Julie Taymor

Evan Rachel Wood - Lucy
Jim Sturgess - Jude
Joe Anderson - Max
Dana Fuchs - Sadie

NOSSA NOTA - 7 tak

Excepcional no filme: O modo como fez algo nunca feito antes em um filme: um musical dos Beatles - Yellow Submarine e Help! foram estrelados pelos próprios integrantes da banda.

Frase marcante: Exceto pelas frases das músicas, não achei nada tão marcante. "So learn French. Learn French or die."

Análise crítica do filme Across the Universe, de Julie Taymor.
por Mr. Raccoon

Um ator que assemelha-se com o Paul McCartney. Duas personagens que chamam Jude e Lucy (Hey, Jude e Lucy in the Sky with Diamonds). Don’t Let me Down sendo cantada em um telhado. E mais uma quantia considerável de “coincidências”. A diretora Julie Taymor é, com certeza, uma fã dos Beatles, mas parece ter forçado as músicas no filme, como que as espremendo no enredo.

O resultado é uma história feita de um emaranhado de músicas e situações temporárias criadas apenas para que uma canção pudesse ser encaixada. Por exemplo, I am the Walrus, cantada por Bono: as personagens entram em um ônibus, vão para um lugar desconhecido e saem de lá tão repentinamente quanto como chegaram.

Confesso que há certas situações em que a música realmente cai bem e é coerente com a história, mas poucas vezes. É sério, se começassem a cantar Nowhere Man quando a irritante Prudence diz que veio de lugar nenhum, eu não sei se conseguiria continuar vendo o filme. Mas eles não cantaram, então a cena não ficou ruim. E mais, aparentemente, Prudence só foi escalada para este filme para que os protagonistas pudessem cantar “Dear Prudence”. E dificilmente colocar outras pessoas para cantar músicas do Beatles vai resultar em algo bom. Gosto da voz do Jim Sturgess, que interpreta Jude, e certas músicas ficaram razoáveis, mas I am the Walrus está inaceitável.

Sem contar que era de se esperar, e estava torcendo para que isso não acontecesse, apesar de eu amar a música, que eles cantariam Hey, Jude. Mas, quando começaram a cantar, percebi que a montagem ficou bem encaixada. Até, claro, quando todas as crianças começam a andar com ele, naquele clima forçado de felicidade forjada.

Porém o filme acabou se saindo bem melhor do que eu pensava, apesar de ainda não ser ótimo. Créditos à Julie Taymor, que pôde colocar situações como a Guerra no Vietnã, o movimento regido por Martin Luther King Jr. e os hippies de forma bem regida no enredo – na maioria das vezes.

E, apesar de algumas situações terem sido criadas um pouco fora do contexto, as músicas interpretadas durante tais cenas caem perfeitamente. E vale acrescentar que detalhes como o fato de Jude vir de Liverpool, da maçã verde que ele corta nos remetendo a gravadora Apple e outros já ou não mencionados, ajudam a dar um clima e uma estética melhor para o filme.

Resumindo, não diria que o filme não deve ser visto, pois não sinto que perdi os 126 minutos da minha vida ao vê-lo. O que é outro ponto que poderia ser um defeito - a demora -, mas que não é. Como fã dos Beatles, foi um prazer ouvir suas músicas durante duas horas.



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